10 Acusações Contra a Igreja Moderna

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As "10 Acusações conta a igreja moderna".

Por Paul Washer.

Desabafo!

Leia com atenção esses primeiros parágrafos para puder compreender o resto do texto. Deus abençoe! - Alinhando blog 

"Sempre corremos riscos. A franqueza é um grande risco. Quando abrimos o coração corremos o risco de nos entenderem mal. Na verdade é difícil equilibrar o emocional quando se desabafa, e carregamos pequenas palavras com grandes sentimentos. É inevitável. Um coração angustiado não sabe medir a força da explosão das palavras que invadem o ar e os ouvidos e, provavelmente seremos julgados por isso: podia ter dito diferente, mas destemperou – que pena?!

Os Dons Proféticos, parte 2 (Profecias na Nova Aliança)

Semana passada, havíamos abordado como alguns princípios da operação dos dons do Espírito podem ser comuns, mas sempre se ligam à forma com a Qual Ele atribui a cada um, sendo todas as pessoas diferentes entre si. Todo profeta e apóstolo nas Escrituras era diferente, e toda pessoa é única. Portanto, devemos aprender a equilibrar os princípios gerais de que podemos aprender dos outros, com a forma única com que o Senhor quer se relacionar conosco; e isso só pode ser ganho por nosso relacionamento pessoal com Ele.

Os Dons Proféticos

Havíamos previamente começado a discutir os níveis de diferentes tipos de revelação profética, desde impressões até ser levado ao céu, como Paulo e João foram o Novo Testamento. Continuaremos nisso. Como você provavelmente já percebeu neste ponto, é meu estilo intercalar a compreensão prática dos dons com questões de caráter que podem nos ajudar a evitar as pedras de tropeço e armadilhas nas quais muitos desnecessariamente caíram. A igreja e o mundo necessitam desesperadamente do verdadeiro ministério profético nestes tempos, e esta necessidade irá aumentar. Precisamos que eles fiquem no caminho da vida e sejam as vozes merecedoras de confiança que são chamadas a ser.

A aplicação de uma Palavra Profética (parte 3) - A importância da Humildade

Devemos ser merecedores de confiança para que nos sejam confiadas revelações importantes ou tarefas provenientes de Deus. Um motivo pelo qual a tantos não é confiado mais é que não buscam a sabedoria e maturidade de como lidar com a revelação. Somos emissários do Rei dos reis quando carregamos mensagens dEle, e Sua palavra deve ser manuseada com todo o cuidado e dignidade.

A aplicação de uma Palavra Profética (parte 3)

É da minha roupagem, e da maioria das pessoas proféticas que conheço, de ser tão orientado por conceitos que tendo a misturar os detalhes. É uma fraqueza que aqueles que são orientados por detalhes têm dificuldade em entender e muitas vezes atribuem motivos malignos a isso. Espero que nunca seja o caso; percebo que tenho uma fraqueza, então aprendi a apreciar os detalhistas. Mesmo que sejam muitas vezes irritantes para pessoas como eu, de visão mais geral e conceitual, precisamos muito deles.

Os detalhistas também podem tender para o tipo de auto-retidão demonstrada pelos Fariseus, que “coavam um mosquito, mas engoliam um camelo” (veja Mateus 23.24). Eles precisam da ajuda dos mais conceituais, assim como os mais conceituais precisam deles. Se os conceituais não conseguem ver as árvores para a floresta, os detalhistas não conseguem ver a floresta para as árvores. Precisamos conseguir ver a ambos.

O motivo pelo qual as grandes promessas para os profetas é sempre plural – aos profetas, nao apenas um profeta – pode ser principalmente por causa disso. É por isso que as grandes promessas são para os que aprendem a trabalhar junto com os que são diferentes, que têm forças correspondentes que compensam nossas fraquezas, e têm fraquezas que podem ser supridas por nós.

Sem dúvida que leva muita humildade da parte de cada um para tais equipes se formarem. Quando procuro os pontos fortes ou fracos na liderança de uma igreja ou alguma outra organização, procuro primeiro quantas pessoas diferentes entre si que trabalham junto. Quanto mais diferentes os membros da equipe são, normalmente mais forte este é. Porém, na igreja nestes tempos, é raro encontrar uma equipe que não seja tão uniforme que, quando perguntado algo aos integrantes, eles são quase como papagaios, todos repetindo a mesma coisa.

Pessoas proféticas são tão culpadas disso como qualquer outro grupo, e é uma grande fraqueza no ministério profético em geral. Provavelmente, a forma mais rápida de se vencer isso seria intencionalmente começar a reunir-se regularmente com aqueles que mais nos irritam. Talvez seria útil nos juntarmos à igreja que mais nos irrita. Pessoas proféticas podem ter tanta dificuldade para se encaixar no lugar que seja, ou ser entendida errado por quem quer que seja, que precisam fazer isso para fazer parte do que quer se seja. Isso é algo bom!

As pessoas acham que estou brincando quando digo que todos nós precisamos das frustrações e irritações da vida na igreja local para amadurecermos espiritualmente, mas não estou. Você pode crescer em conhecimento, e até mesmo crescer em experiência, conforme lemos em I Coríntios 13, e até mesmo crescer na fé a ponto de realizar muitos milagres e mover montanhas, mas se não estiver crescendo em amor, de nada terá proveito. Termos dons proféticos não nos nega de forma alguma a responsabilidade Cristã básica de que temos de amar um ao outro. Pode ser mais difícil para amarmos aos outros porque tão poucos nos amam, mas essa é uma oportunidade ainda maior de crescer em amor.

Logicamente que queremos nos dedicar a uma congregação ou a relacionamentos para os quais o Espírito Santo nos direcione, mas fico pensando se muitos estão capacitados para receber sua orientação sua direção em relacionamentos porque tendemos tanto a escolher aqueles com os quais nos sintamos mais confortáveis e nos separarmos ou dividirmos de quem nos irrita.

Como já cobrimos, se vemos apenas em parte, conhecemos em parte e profetizamos em parte (veja I Coríntios 13.9), estão somos todos peças soltas para nosso entendimento e nossas perspectivas proféticas. Na maioria das vezes, aqueles que têm a parte da qual mais precisamos para ter uma visão geral serão aqueles com os quais mais tenhamos dificuldades. Continuarei a repetir isso freqüentemente porque é muito importante para irmos além para que nos tornemos o corpo de Cristo que somos chamados a ser.

Um outro importante fator para pessoas proféticas: aprenda a escrever. Coisas faladas são mal entendidas muito mais facilmente do que as escritas. Esse pode o motivo da exortação em Habacuque 2.2:“Então o Senhor me respondeu e disse: ‘Grave a visão e a escreva em tábuas, para que quem estiver lendo consiga correr.’”

A escrita era uma forma vital pela qual os profetas e apóstolos se comunicavam, e ainda é. Porém, a natureza tediosa do escrever pode ser contrária à natureza de muitas pessoas proféticas, que tendem a ser muito orientadas por conceitos, terem visão geral. Esta é a questão. Aprender a escrever, e bem, pode ajudar nossa comunicação torná-la muito mais eficaz e precisa, e este é o ponto básico da comunicação. A palavra escrita tem um poder muito diferente da palavra falada. É por isso que Jesus, que era a Própria Palavra, se firmou no que “está escrito”! A palavra falada pode ter resultados imediatos ao animar os santos e levar à ação, mas a palavra escrita tem muito mais poder para criar profundidade e levar a mudanças profundas. Precisamos de ambos. 

Rick Joyner, 26/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]







A aplicação de uma Palavra Profética (parte 2)

Ainda não deixei de ficar maravilhado com o que eventualmente ocorre de eu compartilhar algo e imediatamente pessoas vêm a mim tendo entendido algo totalmente diferente do que falei. Muitas vezes é o exato oposto do que falei. Há muito tempo atrás, me convenci de que não é possível falar qualquer coisa sem ser mal entendido por alguns. Concluí que isso não pode ser evitado, e se você se preocupar muito, nâo dirá nada. Ainda assim, é correto desenvolvermos nossas habilidades de comunicação para eliminar isso o tanto quando possível.

Também já fui culpado ao fazer a mesma coisa com os outros. Quando vejo que o fiz, procuro examinar o por quê, para que não fique viciado em fazê-lo, e também para que entenda melhor o que leva alguém a entender errado assim. Quando isso me foi indicado, por algumas vezes voltei a ouvir as mensagens para ver se entendi errado ou se eles se expressaram errado, e fiquei chocado em quanto eu os tinha entendido errado.

Muitas vezes pessoas trazem à tona algo que eu tenha falado, e eu sei que nunca o falei, e possivelmente nem pensei. Não acho que estou generalizando demais ao dizer que todos temos um problema básico com comunicação, e aqueles que não acham que têm este problema, provavelmente o tem em pior intensidade. Estudei e procurei as razões para tal, e acho que aprendi algumas, mas muito ainda e um mistério para mim – mesmo quanto a eu mesmo sendo por vezes culpado. Uma coisa sei, que é o fruto da torre de Babel aflorando quando as línguas foram distribuídas para que os homens não entendessem um ao outro. Porem, isso é muito mais do que uma pessoa não entendendo alguma língua, como o português, e outra não entendendo espanhol. Podemos falar a mesma língua, estarmos no mesmo grupo, compartilharmos muito da mesma formação e experiência, e ainda assim termos a mesma palavra significando diferentes coisas.

Também aprendo que pessoas feridas tendem muito mais a entender erroneamente aos outros. Já abordamos como Satanás é chamado de “senhor das moscas”, provavelmente porque as moscas frequentemente representam mentiras no simbolismo profético, e as mentiras revoam em torno das feridas. Elas trazem infecção, o que impede as feridas de serem curadas, e podem até mesmo levar à morte se não lavadas. Penso que é por isso que os sacerdotes no Antigo Testamento não podiam ter feridas ou cascas: são uma forma de não se estar curado. Quando alguém tem uma ferida não curada, outros não podem nela tocar, e os sacerdotes precisavam ser tocáveis e capazes de se aproximar das pessoas as quais serviam. Quando temos feridas não curadas como rejeição, desapontamento, ou até mesmo traição, outros não podem se aproximar de nós, e tenderemos também a interpretar mal as palavras e intenções dos outros.

Por muitos motivos, comunicação pode ser um dos maiores desafios, e vencê-lo pode ser a única forma que o Senhor nos confie com autoridade séria novamente. Esta, por sua vez, só e dada aos que estão em unidade. Os militares lidam com isso nas formas mais básicas, e é por isso que passamos tanto tempo aprendendo a marchar. No início, e incrível quantas pessoas interpretam diferente o que é “direita” e “esquerda”, gerando caos na formação. Tínhamos de chegar à unidade nisso, e depois sermos instantâneos em nossa resposta aos comandos. Isso não é apenas para produzir formação coordenada, mas para quando estivermos em combate e precisarmos todos estar ouvindo ao mesmo comando e o interpretando da mesma forma; do contrário, nossas vidas estariam em jogo. Nos dias vindouros, o corpo de Cristo precisará dessa disciplina também, ou muitos perecerão desnecessariamente.

A raiz da confusão na torre de Babel era o motivo por trás de seu projeto de construir uma torre aos céus, a saber, “ficarem famosos” (veja Gênesis 11.4), e reunir pessoas em torno do projeto, do contrário se espalhariam. O corpo de Cristo tem tido esta tendência de construir tais tolos projetos, pensando que vão unificar as pessoas, quando na verdade trazem sempre mais divisão do que unidade. Jesus somente pode nos unificar, mas para aqueles que têm um coração dividido ou que buscam os próprios interesses, até mesmo a devoção a Jesus pode ser uma questão divisiva. É por isso que Paulo repreendeu aos Coríntios por alguns seguirem a ele, alguns a Pedro, e nomeou até aos que seguiam a Cristo, porque estavam obviamente usando isso para divisão.

Em II Pedro 3.16, Pedro observa como os “instáveis e não instruídos” distorcem os ensinamentos de Paulo, o que fazem com as Escrituras em geral da mesma forma. Isso indica que um pouco disso pode ser corrigido com ensino, ajudando com instrução aos não instruídos, mas instabilidade é outra questão. Efésios 4 observa que a razão de muitos Cristãos serem “levados por todo vento de doutrina” (veja Efésios 4.14), isto é, serem instáveis, é porque são imaturos, crianças, ou não estão “falando a verdade em amor” (veja Efésios 4.15) ou não estão “se assemelhando mais ao Cabeça”, que é Cristo.

Um dos avisos de cautela que o Senhor deu para os últimos dias foi“ai das que amamentam” (vejam Mateus 24.19). Isso normalmente é interpretado de que não queremos ser uma mãe de filhos novos naqueles tempos, e não termos de dividir por causa deles.

Causar divisões entre irmãos é uma das sete coisas que vemos que Deus odeia, em Provérbios 6.16. Unidade foi uma questão central pela qual Jesus orou sobre seu povo, em possivelmente a oração mais reveladora sobre o coração de Deus, em João 17. Essa unidade é uma unidade de diversidade, não de conformidade. A pressão para conformar não vem do Deus, que ama tanto a diversidade que faz diferente a todo floco de neve. Quando estamos tão inseguros que exigimos do nosso próximo adequação à nossa percepção, estamos ainda imaturos e instáveis demais para sermos confiados com autoridade verdadeira.

Comunicação é um assunto de enorme importância para todos nós, especialmente para o ministério profético, que busca se comunicar em nome de Deus. É a habilidade mais importante do profético, e assim como todo profissional se dedica a desenvolver suas habilidades com suas ferramentas de trabalho, devemos nos dedicar não apenas a entender o que somos chamados a comunicar, mas como. Sem essa devoção, seremos como o arqueiro não treinado, que fere pessoas porque não consegue mirar corretamente.

Se amamos a Jesus, a Palavra em Pessoa, devemos amar as palavras, a comunicação. Se a amarmos, a manusearemos com todo o cuidado. Ainda poderemos ser mal entendidos por vezes, mas decidamos fazer tudo ao nosso alcance para impedir isso de ocorrer.

Rick Joyner, 19/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]




A aplicação de uma Palavra Profética (parte1)

Começaremos em nosso "Alinhando blog" uma série chamada " A aplicação de uma Palavra Profética" escrita pelo Rick Joyner. Incentivo que acompanhe essa série. Que o Espírito Santo fale contigo através desses artigos. Deus abençoe!



- A Aplicação de uma Palavra Profética -

Conheço pessoas que foram direcionadas a se mudar para algum lugar por meio de revelação, visitação angelical, ou outra forma sobrenatural, e se recusaram a ir até que recebessem outra revelação novamente. Em alguns destes casos, é óbvio que ficaram muito mais tempo do que deviam, mas insistiram em esperar por outra revelação sobrenatural para que fossem direcionados. Onde é que diz que se recebemos uma revelação para ir a algum lugar, devemos ter outra para ir?

Nas Escrituras, e também por experiência minha e de outros com os quais estava próximo, o Senhor usa muitas formas diferentes para nos guiar. Pode ser um erro presumir que Ele vai nos direcionar no futuro pela forma com que nos guiava no passado. Pessoas que se determinam a viver por princípios como este muitas vezes perdem o que o Senhor está tentando lhes falar; ou não fala porque espera que sejamos maduros o suficiente para saber o que fazer.

Eis aqui um princípio para considerar: o Senhor pode preferir que cresçamos em fé e sabedoria mais do que precisemos de uma revelação para tudo que façamos. Se Ele tivesse de nos enviar um anjo para nos dizer especificamente para mudarmos para algum lugar, pode não ter nada a ver com a importância de nos mudarmos o tanto quando a inércia de nosso escutar. Se for necessário outro anjo para que nos mudemos quando nosso tempo acabar, pode ser porque ainda estejamos inertes.

Crianças pequenas têm de ser direcionadas constantemente. Se um adulto precisa ouvir em detalhe toda coisinha que deve ou não deve fazer, então ainda está imaturo. Novamente, o que chamamos de revelação de “alto nível” pode não ter nada a ver com nossa importância, ou a importância da tarefa, mas pode ser o resultado de nossa imaturidade ou lentidão em ouvir.

Isso nem sempre é verdade; por vezes as coisas vêm sob uma forma de alto nível por causa de sua importância. O que quero dizer é que em todas as coisas, precisamos vigiar contra armar parâmetros e princípios que nos façam tropeçar no futuro. Como compartilhei acima, aprendi a ser cético com profetas que interpretam sua própria revelação. Quando começo a fazer disso um princípio, haverá um bom exemplo de meu princípio sendo violado por um profeta que interpretou muito bem sua própria revelação. Uso princípios, mas me atenho fracamente a eles, e procuro ter abertura constante a algo novo. É um ato que traz equilíbrio, mas não apenas isso, penso que também nos mantêm buscando ao Senhor, o que pode ser a coisa mais importante dentre todas.

O “politicamente correto” é um grande véu de engano que os inimigos da civilização ocidental usam e do qual se gabam para usar contra o ocidente, mas, ao mesmo tempo, há estereótipos e generalização exageradas que são grandes enganos, também. Se vamos seguir ao Senhor, teremos de incorporar um dos pontos de Sua natureza básica, de que Ele faz todo floco de neve diferente, cada um de nós de forma diferente, e ama se comunicar conosco de formas tão diferentes. Nosso Deus ama diversidade, e se queremos seguí-Lo, devemos ser tão prontos para a originalidade como qualquer outra coisa, o que coloca em perigo muitos de nossos princípios, métodos e padrões.

Bruxaria é, basicamente, autoridade espiritual falsa. Também chamada de adivinhação, trata-se de usar espíritos ao invés do Espírito Santo, e se baseia mais na manipulação e controle do que seguir ao Senhor. Isso é listado como uma das obras da carne em Gálatas 5, pois nos primeiros estágios é normalmente mais carnal do que espiritual. Muitos Cristãos culminam em usar tais métodos, caem nisso, mesmo para procurar cumprir com o que pensam ser o propósito de Deus. Abordaremos isso com mais profundidade depois, mas devemos considerar que é uma base de bruxaria o uso de padrões, fórmulas e princípios. Um alicerce de nosso caminhar no Espírito é seguir ao Espírito, uma Pessoa, não apenas fórmulas.

Se formos sábios, vigiaremos contra o pensamento de que porque Ele fez algo de uma forma, ou nos falou de certa maneira, então vamos esperar que o faça novamente. Penso que nos sairíamos muito melhor se entendermos que “Ele é novo a cada manhã” (veja Lamentações 3.23). Isso não quer dizer que Ele mude, mas há muito mais nEle e não conseguiremos reduzi-lo a nossos conceitos rasos. Em um relacionamento, quando ficamos muito fortemente posicionados em nossos jeitos, este se tornará tedioso e morno. Nosso Deus é tão incrível que quem permanecer próximo a Ele nunca sofrerá de tédio!

Rick Joyner, 12/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]

E nossa essência missionária???

"Li este artigo no Blog do Tiago Lino. Ele expressa a preocupação de meu coração sobre Missões. Se há alguma essência missionária em seu coração, valerá a pena ler."
“Todo cristão que não é missionário, é um impostor”
Na mesma época em que se projetava um desenvolvimento glorioso para a economia nacional – o chamado “milagre econômico” dos anos 1960 e 70 –, outro setor do país, a Igreja Evangélica, também experimentava tempos de intensa euforia. Abarrotadas de jovens atraídos por uma mensagem cristã atenta aos seus anseios, as congregações faziam planos dourados para o futuro. A ideia geral era transformar o país no celeiro da obra missionária global. Difícil era encontrar igreja que não tivesse um departamento de missões e planos de enviar obreiros para ganhar o mundo para Cristo. A mensagem escatológica, então em alta nos púlpitos, era uma só: pregar o Evangelho a toda criatura, a fim de que o Senhor voltasse depressa. Organizações missionárias surgiam a cada dia, atraindo gente que desejava dedicar a vida à boa obra.
No entanto, neste início da segunda década do século 21, o que se nota é que, se tudo não passou de mero entusiasmo – e números vigorosos da presença missionária brasileira mostram que não –, a situação atual é bem diversa daquela que a geração anterior projetou. Missão rima com visão e ação, e as duas palavras andam bem distantes da maioria das igrejas evangélicas brasileiras, segundo especialistas em missiologia. Mesmo com o acelerado crescimento numérico dos que professam a fé evangélica no país, que seriam quase 20% dos brasileiros de acordo com projeções baseadas em dados oficiais, o envolvimento dos crentes nacionais com a obra missionária, em todas as suas instâncias – seja social ou evangelística –, segue a passos bem mais lentos que o possível.
O conhecimento das demandas missionárias é exposto em cada campanha ou congresso. Testemunhos são derramados nos púlpitos, levando a muita comoção e decisões pessoais. Passado algum tempo, contudo, os compromissos assumidos por um maior envolvimento com a obra de evangelização e intervenção social se esfriam e a missão de alcançar o mundo com o amor de Cristo fica a cargo dos missionários de carreira – isso quando obreiros enviados não são simplesmente esquecidos no campo. “Infelizmente, o jargão de que cada cristão é um missionário está sendo esquecido. A ênfase em muitas igrejas é pelo crescimento da congregação local”, atesta o professor Diego Almeida, docente do mestrado em missiologia do Seminário de Educação do Recife (PE). “O serviço acaba concentrado nas mãos de profissionais.”
Para o pastor José Crispim Santos, promotor setorial da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira (CBB) – uma das maiores organizações missionárias do mundo, com mais de 600 obreiros no campo –, a Igreja brasileira está bem inteirada acerca dos desafios missionários da atualidade, mas as ações ainda não são suficientes para o tamanho deles. “Há muitas agências missionárias divulgando o tempo todo, além da mídia que noticia fatos que demonstram o sofrimento humano, físico e espiritual ao redor do planeta. Nossa avaliação é que, diante deste cenário de grande carência espiritual, a Igreja tem dado sua contribuição – entretanto, isso é insuficiente, quando a missão é, de fato, tornar Cristo conhecido em toda a Terra”.
DISCURSO E PRÁTICA
O que parece evidente na paradoxal situação da Igreja brasileira, um contingente com enorme potencial humano e financeiro, mas pouco utilizado quando o assunto é o “Ide” de Jesus, é que a miopia missionária passa pela liderança – uma barreira difícil de ser transposta, conforme relatado por gente que trabalha em ministérios e departamentos específicos. Essa tendência à inação, alimentada pela valorização de outras prioridades, acaba contaminando o rebanho. Quando a visão do líder não passa das paredes do templo, dificilmente a igreja desenvolve alguma intervenção importante, até mesmo em sua comunidade. “De fato, quando o dirigente tem visão e é entusiasmado com a obra missionária, a igreja tende a acompanhá-lo. Da mesma forma, o inverso é verdadeiro. Entretanto, há algumas exceções; quando a igreja possui promotores de missões, esses batalhadores realizam verdadeiros milagres”, continua Crispim.

Como as igrejas gastam seu dinheiro: 95% Em atividades domesticas - 4,5% No campo missionário - 0,5% Nos povos não alcançados

Acontece que a própria estrutura de funcionamento das igrejas, muitas vezes baseado em decisões de poucas pessoas, quando não apenas de um líder centralizador, torna ainda mais difícil o convencimento de que a missão é de toda pessoa que um dia recebeu a Cristo como Salvador. “Dentro do atual quadro religioso brasileiro, creio que o nosso exacerbado clericalismo é um enorme obstáculo para uma compreensão e prática da obra missionária em termos de missão integral”, atesta o professor de teologia e história eclesiástica da Faculdade de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo, Paulo Ayres. Mas as barreiras para se desenvolver uma ação missionária mais eficiente, ainda que possam nascer no clero, também são agravadas pelo perfil do crente contemporâneo. “Hoje, grande parte dos membros de nossas congregações é constituída mais por assistentes passivos e clientes em busca de produtos religiosos do que irmãos e irmãs na fé com forte compromisso e prática missionárias, especialmente em suas atividades cotidianas no mundo secular onde vivem e trabalham”, avalia o religioso, que é bispo emérito da Igreja Metodista do Brasil.
No seu entender, a Igreja tem utilizado estratégias equivocadas (ver abaixo). Por outro lado, Ayres lembra que é muito mais cômodo terceirizar o compromisso missionário do que executá-lo pessoalmente, ainda que a missão específica possa ser realizada no próprio bairro onde se reside. “É mais cômodo contribuir para enviar um missionário ao Cazaquistão ou a Guiné-Bissau do que ir pessoalmente, no poder do Espírito Santo, trabalhar como voluntário no Piauí ou na Cracolândia, em São Paulo, ainda que seja por um curto período de tempo, como evangelista, obreiro com crianças, dentista ou trabalhador social”, comenta. Assim, além da omissão do Corpo de Cristo por falta de conhecimento ou disposição, a Igreja corre riscos de ter seu trabalho missionário hipertrofiado à medida em que se transmite toda a responsabilidade do serviço cristão para as agências especializadas – um problema acentuado principalmente em comunidades de fé ligadas a grandes associações missionárias.
MOBILIZAÇÃO
Do tripé normalmente exposto nos eventos temáticos de missões (“contribuir, orar e ir”), em geral só se desenvolve mais efetivamente o primeiro, e ainda assim em patamares muito abaixo do que as igrejas poderiam fazer. Um levantamento feito Missão Horizontes apontou que o investimento médio per capita  do crente brasileiro em missões durante um ano inteiro é menor do que o preço de uma latinha de Coca-Cola – algo em torno de irrisórios R$ 2,50.  Para o missionário e pastor batista Ricardo Magalhães, que atua em Portugal a serviço da Missão Cristã Europeia ao lado da mulher e também obreira Priscila, a escassez de investimento no setor missionário está mais atrelada à falta de visão do que de recursos. “De maneira geral, a Igreja brasileira não tem problemas com finanças, porque ela sabe se mexer para gerar fundos quando quer e para o que quer. E isso, quando se sabe que não há falta de pessoas querendo ir aos campos: inúmeros missionários só aguardam recursos para ir”, completa. Assim, o aspecto da oração, sem a visibilidade e sem o apelo de outros ministérios da igreja, fica naturalmente reduzido a pequenos grupos.
De olho na mobilização da igreja para orar, uma das ações das diversas organizações missionárias é publicar sempre em seus boletins os motivos de intercessão nos campos, pelos missionários e pelos desafios a serem superados. A JMM já utiliza até mesmo mensagens de SMS para pessoas cadastradas, que recebem torpedos com pedidos urgentes de intercessão. Já o terceiro passo, o de ir, é o maior desafio. Seja para pequenas viagens missionárias ou para partir definitivamente rumo ao campo, entre o desejo, o chamado, a preparação e a missão há de fato uma longa trajetória geralmente não concluída. Não são poucos os casos de vocações que se esfriam até mesmo dentro dos seminários, ou de leigos envolvidos com a obra serem sufocados com o ativismo religioso. É gente bem intencionada que acaba direcionando seu tempo, recursos e esforços mais para dentro do que para fora da igreja.
“As comunidades evangélicas têm caído em um dos dois extremos: ou elas se fecham a um diálogo com a sociedade ou se abrem excessivamente para uma vontade popular, abraçando um discurso econômico de prosperidade”, sustenta o missionário Alesson Góis, da Igreja Congregacional, que coordena o ministério independente Vidas em Restauração (VER). “O mundo não precisa de um cristianismo pregado, mas vivido. Todo cristão que não é um missionário é um impostor, pois é muito egoísta receber toda a graça e amor de Deus e não compartilhá-los com o próximo”. Envolvendo cerca de 60 jovens de diversas denominações, entre batistas, presbiterianos, congregacionais e membros de igrejas diversas como a Assembleia de Deus e a Sara Nossa Terra, o ministério se encontra todos os sábados no Parque Treze de Maio, no centro do Recife. Os jovens se reúnem como uma roda de conversa, mas sem se caracterizar como uma liturgia ou como uma extensão da igreja institucional. “Muita gente se surpreende pelo fato de sermos cristãos e conversarmos com eles sem forçar a barra para que se convertam”, comenta Góis.
PRESENÇA NOTADA
Para o missionário e pastor presbiteriano Ronaldo Lidório, parte da frustração de setores da Igreja vem justamente daquela expectativa superestimada em relação ao seu papel na evangelização do mundo, que acabou não se concretizando: “Pensamos que rapidamente encontraríamos uma veia missionária comparada à da Coreia do Sul, o que ainda não aconteceu”, reconhece. Mesmo assim, ressalva, existe um outro lado. “Creio que corremos perigo ao focarmos somente nas negligências. É certo que a Igreja nacional caminha com bons passos”. Ele cita como exemplo a presença evangélica em povos indígenas, setor no qual seu trabalho é respeitadíssimo. Além de ter vivido por dez anos entre o povo konkomba, de Gana (África), ele agora está envolvido com o Projeto Amanajé, de evangelismo e assistência a indígenas na Amazônia . “A Igreja atua em 182 etnias indígenas e coordena quase 260 programas sociais entre esses povos”, enumera. “Além disso, comunidades ribeirinhas, até pouco tempo esquecidas pelas igrejas, hoje contam com dezenas de programas cristãos, tanto de evangelização como de ação social.”
Lidório destaca ainda o trabalho de organizações regionais, como a Juventude Evangélica da Paraíba (Juvep), que tem plantado igrejas e centros de atendimento popular pelo Nordeste. “O sertão hoje possui menos da metade das áreas não evangelizadas em relação ao quadro de 15 anos atrás, e essa mobilização se deu a partir de iniciativas como a Juvep e outros programas dedicados aos sertanejos”. Já na área transcultural – a mais conhecida e romantizada do trabalho missionário, que envolve a figura clássica do obreiro que larga sua terra para pregar o Evangelho num canto qualquer do mundo –, Lidório garante que as igrejas e agências brasileiras também marcam presença. “Jamais tivemos tantos missionários no exterior como em nossos dias, e não é incomum encontrarmos hoje brasileiros ocupando posições de liderança em equipes e missões na África e na Ásia”, informa. Pelas estatísticas disponíveis, hoje atuam cerca de 2,3 mil missionários brasileiros no exterior, espalhados por mais de 50 países. “A Igreja brasileira é uma das maiores representações de ações missionárias na atualidade, embora o número de obreiros e de ações missionárias seja realmente bem menor do que poderia e deveria ser”, conclui Ronaldo Lidório.
No entender do especialista em missiologia Diego Almeida, ministérios como o VER têm se tornado cada vez mais comuns, não somente no Brasil, mas em diversos países. “Quando a Igreja não investe nos vocacionados, eles se preparam por conta própria”. Foi justamente o caso da estudante de psicologia e funcionária pública Quésia Cordeiro, de 23 anos. Após decidir dedicar-se às missões após os congressos temáticos de que participou, ela não recebeu nenhum suporte para dar os passos seguintes na preparação. “Não recebi nenhuma capacitação os discipulado. Tive que correr atrás para manter a chama acesa”, conta a jovem. Com conhecimento próprio, ela constata: “O despertamento para a obra missionária não é uma coisa contínua, mas pontual, restrita a conferências e eventos.” Para Almeida, mesmo que as igrejas não mostrem a Palavra de Deus, ela acaba se cumprindo de outras formas – “O triste é ver que a instituição criada para apresentar Jesus ao mundo não faz parte desse processo”, lamenta o professor.
“Nossa missão é implantar o Reino de Deus”
Para o bispo Ayres, entender missões como mero proselitismo é atitude reducionista.
Especialista em missiologia, tendo atuado como evangelista em Portugal e no Nordeste brasileiro, Paulo Ayres é hoje bispo emérito de sua denominação, a Igreja Metodista, e professor de teologia e história eclesiástica. Ele falou com CRISTIANISMO HOJE sobre o panorama evangélico brasileiro em relação à missão integral da Igreja.
CRISTIANISMO HOJE – Ao mesmo tempo em que a Igreja brasileira cresce numericamente, o conhecimento e envolvimento com missões parece decrescer a cada geração. Por quê?
PAULO AYRES – O crescimento numérico do povo evangélico brasileiro, em minha opinião, não tem sido acompanhado de um maior compromisso missionário em todos os campos da vida brasileira que reclamam um eficaz testemunho evangélico. As igrejas evangélicas brasileiras, em sua maioria, têm uma visão reducionista sobre o que é missão, entendendo-a mais em termos de evangelismo visando à conversão individual. Outras dimensões missionárias, como o serviço cristão aos necessitados, o ensino na doutrina dos apóstolos, o testemunho público do Evangelho, a ética e a moral cristãs (a práxis do Evangelho), ou até mesmo o culto, ainda que consideradas como importantes por algumas igrejas, acabam, na prática missionária, sendo somente – quando muito – andaimes secundários para a conversão individual.
Qual o resultado prático desse panorama?
Essa visão reducionista faz com que missão seja entendida e praticada mais como estratégias para conquistar almas para Cristo do que realmente levar à frente o objetivo de sinalizar a presença do Reino de Deus no mundo. Daí a obsessão pelo crescimento numérico das igrejas – melhor dizendo, das denominações – a qualquer custo, mesmo em detrimento dos valores maiores do Evangelho. É por isso que o crescimento numérico dos evangélicos brasileiros, apesar da extraordinária transformação na vida pessoal de milhões de pessoas, não tem causado maior impacto transformador em nossa sociedade.
O que fazer para mudar esse quadro de crescimento sem transformação social?
Creio que precisamos, com urgência, de uma nova reforma no evangelismo brasileiro, que deverá ter como seu centro a compreensão e a prática da missão como obra de Deus na implantação do seu Reino entre nós. Se deixarmos de lado a obra humana forjada nas regras do mercado e da exacerbada competição institucional entre as igrejas, contribuiremos para a construção de uma sociedade com alto padrão espiritual e ético, segundo a maneira de ser exposta por Jesus no Sermão do Monte.
Presença missionária brasileira
2.300 é o número aproximado de missionários brasileiros no exterior
50 são os países onde eles atuam
600 deles são ligados à Junta de Missões Mundiais da CBB
"Li isso no Cristianismo HojeTítulo original: ” ‘Como crerão?’ “"

Extraído do Blog Monte de Adoração: www.montedeadoracao.com.br

A substância da Igreja

Quando nos convertemos e começamos a pensar em traba­lhar junto com Deus para cumprir Seus propósitos eternos, primeiro precisamos receber Dele uma revelação. Precisamos gastar tempo em Sua santa presença. Precisamos subir "ao santo monte de Deus". É lá que percebemos o que está em Seu coração e é lá que compreendemos o que devemos construir e como fazê-lo. Sem esta revelação, é possível e até bem provável que muito do nosso tempo e energia seja gasto construindo algo que Ele não deseja.
Uma das coisas sobre as quais devemos ter certeza quando começamos a construir é sobre o tipo de materiais que devemos usar. Quando estamos construindo a habitação do Deus eterno, há normas específicas que precisamos seguir no que diz respeito aos materiais empregados. Não somos livres para usar qualquer tipo de elementos que consideramos apropriados. Se quisermos satisfazer o coração de Deus, precisamos seguir cuidadosamente o plano divino.

Por um lado, podemos facilmente construir com materiais naturais. As Escrituras chamam estas coisas de "madeira","palha" e "feno". Estes itens são representativos do que o ser humano pode fazer por si próprio. Por exemplo, um homem natural pode planejar, organizar, administrar e usar seus talen­tos "dados por Deus" para influenciar pessoas e até mesmo atrair seguidores. 

Muitos homens e mulheres podem persuadir outros sobre sua "posição". Podem recrutar outros para se unir às suas fileiras. Podem dar conselhos, ensinar e até pregar sobre um grande número de assuntos. Podem fazer discursos interes­santes, poderosos e cheios de emoção. Estas e muitas outras coisas podem ser feitas pelo homem natural. 

Já que o homem natural pode fazer todas estas coisas, é fácil fazer todas elas quando começamos a trabalhar para Deus. Especialmente se temos habilidades em algumas áreas, é muito natural pensar que podemos usar nossos recursos para ajudar a construir a casa de Deus. Mas, como a origem destas coisas é ter­rena e humana, elas realmente são apenas madeira, palha e feno. Não importa o quão impressionante seja a estrutura que esta­mos construindo. O que conta é o tipo de material que usamos na construção. 

As Escrituras também mencionam outros tipos de materiais de construção: ouro, prata e pedras preciosas. Estes itens são representativos de materiais de origem divina. Eles não são as obras que os homens fazem para Deus, mas as obras que o próprio Deus faz por meio dos homens. Quando estamos cons­truindo com materiais divinos, não somos mais nós que estamos fazendo a obra, mas Deus que vive e Se move por meio de nós para cumprir Seus propósitos. 

Muitos homens têm habilidades. Alguns podem construir uma choupana ou uma casa. Outros possivelmente poderiam construir um avião. Outros ainda são capazes de desenhar e construir espaçonaves ou computadores gigantes. Há coisas realmente notáveis que os homens têm construído. 

Mas ainda há uma coisa que o homem não pode construir. Ele não pode fazer um ser vivo. Nenhum homem pode juntar célula com célula, conectar as várias células aos nervos, fazer ossos e músculos, vários órgãos específicos e fazer com que tudo viva e respire. Somente Deus pode dar a vida e fazer um ser vivo. 

A casa de Deus, na qual Ele irá morar por toda a eternidade, é uma casa viva. Nós, o Seu povo, somos "as pedras vivas" desta casa (1 Pe 2:5). A casa de Deus não é uma estrutura física, estáti­ca, como a que construiria qualquer presidente ou rei na Terra. Ao contrário, é uma construção viva, com a Vida de Deus. É um tabernáculo vivo, que respira e se move. É um vaso no qual Ele pode ser visto e através do qual Ele viverá, Se moverá e Se expressará no Universo. 

Já que nenhum homem pode fazer algo vivo, é claro que nós não podemos construir coisa alguma para Deus por nós mes­mos. O melhor que podemos fazer é trabalhar junto com Ele (1 Co 3:9). Seguindo a Sua liderança, momento a momento, e con­fiando plenamente em Seu poder, podemos ser usados por Ele para construir algo que Lhe agrada. 

Mesmo se tivéssemos recebido a revelação do produto final, ainda assim, não teríamos a habilidade sobrenatural para fazer aquilo que vimos. Podemos receber uma visão divina. Podemos receber um vislumbre de Sua casa eterna. Mas nós somos e sem­pre seremos dependentes de Deus para fazer a obra em nós e por meio de nós. A revelação nunca nos faz capazes de fazer as coisas por nós mesmos. Em vez disso, como criancinhas, pre­cisamos andar de mãos dadas com o nosso Criador e cooperar com o que Ele está fazendo a cada dia.

Continua...

David W. Dyer - Extraído do Livro "Deixe o meu povo ir!"