A aplicação de uma Palavra Profética (parte 3) - A importância da Humildade

Devemos ser merecedores de confiança para que nos sejam confiadas revelações importantes ou tarefas provenientes de Deus. Um motivo pelo qual a tantos não é confiado mais é que não buscam a sabedoria e maturidade de como lidar com a revelação. Somos emissários do Rei dos reis quando carregamos mensagens dEle, e Sua palavra deve ser manuseada com todo o cuidado e dignidade.

A aplicação de uma Palavra Profética (parte 3)

É da minha roupagem, e da maioria das pessoas proféticas que conheço, de ser tão orientado por conceitos que tendo a misturar os detalhes. É uma fraqueza que aqueles que são orientados por detalhes têm dificuldade em entender e muitas vezes atribuem motivos malignos a isso. Espero que nunca seja o caso; percebo que tenho uma fraqueza, então aprendi a apreciar os detalhistas. Mesmo que sejam muitas vezes irritantes para pessoas como eu, de visão mais geral e conceitual, precisamos muito deles.

Os detalhistas também podem tender para o tipo de auto-retidão demonstrada pelos Fariseus, que “coavam um mosquito, mas engoliam um camelo” (veja Mateus 23.24). Eles precisam da ajuda dos mais conceituais, assim como os mais conceituais precisam deles. Se os conceituais não conseguem ver as árvores para a floresta, os detalhistas não conseguem ver a floresta para as árvores. Precisamos conseguir ver a ambos.

O motivo pelo qual as grandes promessas para os profetas é sempre plural – aos profetas, nao apenas um profeta – pode ser principalmente por causa disso. É por isso que as grandes promessas são para os que aprendem a trabalhar junto com os que são diferentes, que têm forças correspondentes que compensam nossas fraquezas, e têm fraquezas que podem ser supridas por nós.

Sem dúvida que leva muita humildade da parte de cada um para tais equipes se formarem. Quando procuro os pontos fortes ou fracos na liderança de uma igreja ou alguma outra organização, procuro primeiro quantas pessoas diferentes entre si que trabalham junto. Quanto mais diferentes os membros da equipe são, normalmente mais forte este é. Porém, na igreja nestes tempos, é raro encontrar uma equipe que não seja tão uniforme que, quando perguntado algo aos integrantes, eles são quase como papagaios, todos repetindo a mesma coisa.

Pessoas proféticas são tão culpadas disso como qualquer outro grupo, e é uma grande fraqueza no ministério profético em geral. Provavelmente, a forma mais rápida de se vencer isso seria intencionalmente começar a reunir-se regularmente com aqueles que mais nos irritam. Talvez seria útil nos juntarmos à igreja que mais nos irrita. Pessoas proféticas podem ter tanta dificuldade para se encaixar no lugar que seja, ou ser entendida errado por quem quer que seja, que precisam fazer isso para fazer parte do que quer se seja. Isso é algo bom!

As pessoas acham que estou brincando quando digo que todos nós precisamos das frustrações e irritações da vida na igreja local para amadurecermos espiritualmente, mas não estou. Você pode crescer em conhecimento, e até mesmo crescer em experiência, conforme lemos em I Coríntios 13, e até mesmo crescer na fé a ponto de realizar muitos milagres e mover montanhas, mas se não estiver crescendo em amor, de nada terá proveito. Termos dons proféticos não nos nega de forma alguma a responsabilidade Cristã básica de que temos de amar um ao outro. Pode ser mais difícil para amarmos aos outros porque tão poucos nos amam, mas essa é uma oportunidade ainda maior de crescer em amor.

Logicamente que queremos nos dedicar a uma congregação ou a relacionamentos para os quais o Espírito Santo nos direcione, mas fico pensando se muitos estão capacitados para receber sua orientação sua direção em relacionamentos porque tendemos tanto a escolher aqueles com os quais nos sintamos mais confortáveis e nos separarmos ou dividirmos de quem nos irrita.

Como já cobrimos, se vemos apenas em parte, conhecemos em parte e profetizamos em parte (veja I Coríntios 13.9), estão somos todos peças soltas para nosso entendimento e nossas perspectivas proféticas. Na maioria das vezes, aqueles que têm a parte da qual mais precisamos para ter uma visão geral serão aqueles com os quais mais tenhamos dificuldades. Continuarei a repetir isso freqüentemente porque é muito importante para irmos além para que nos tornemos o corpo de Cristo que somos chamados a ser.

Um outro importante fator para pessoas proféticas: aprenda a escrever. Coisas faladas são mal entendidas muito mais facilmente do que as escritas. Esse pode o motivo da exortação em Habacuque 2.2:“Então o Senhor me respondeu e disse: ‘Grave a visão e a escreva em tábuas, para que quem estiver lendo consiga correr.’”

A escrita era uma forma vital pela qual os profetas e apóstolos se comunicavam, e ainda é. Porém, a natureza tediosa do escrever pode ser contrária à natureza de muitas pessoas proféticas, que tendem a ser muito orientadas por conceitos, terem visão geral. Esta é a questão. Aprender a escrever, e bem, pode ajudar nossa comunicação torná-la muito mais eficaz e precisa, e este é o ponto básico da comunicação. A palavra escrita tem um poder muito diferente da palavra falada. É por isso que Jesus, que era a Própria Palavra, se firmou no que “está escrito”! A palavra falada pode ter resultados imediatos ao animar os santos e levar à ação, mas a palavra escrita tem muito mais poder para criar profundidade e levar a mudanças profundas. Precisamos de ambos. 

Rick Joyner, 26/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]







A aplicação de uma Palavra Profética (parte 2)

Ainda não deixei de ficar maravilhado com o que eventualmente ocorre de eu compartilhar algo e imediatamente pessoas vêm a mim tendo entendido algo totalmente diferente do que falei. Muitas vezes é o exato oposto do que falei. Há muito tempo atrás, me convenci de que não é possível falar qualquer coisa sem ser mal entendido por alguns. Concluí que isso não pode ser evitado, e se você se preocupar muito, nâo dirá nada. Ainda assim, é correto desenvolvermos nossas habilidades de comunicação para eliminar isso o tanto quando possível.

Também já fui culpado ao fazer a mesma coisa com os outros. Quando vejo que o fiz, procuro examinar o por quê, para que não fique viciado em fazê-lo, e também para que entenda melhor o que leva alguém a entender errado assim. Quando isso me foi indicado, por algumas vezes voltei a ouvir as mensagens para ver se entendi errado ou se eles se expressaram errado, e fiquei chocado em quanto eu os tinha entendido errado.

Muitas vezes pessoas trazem à tona algo que eu tenha falado, e eu sei que nunca o falei, e possivelmente nem pensei. Não acho que estou generalizando demais ao dizer que todos temos um problema básico com comunicação, e aqueles que não acham que têm este problema, provavelmente o tem em pior intensidade. Estudei e procurei as razões para tal, e acho que aprendi algumas, mas muito ainda e um mistério para mim – mesmo quanto a eu mesmo sendo por vezes culpado. Uma coisa sei, que é o fruto da torre de Babel aflorando quando as línguas foram distribuídas para que os homens não entendessem um ao outro. Porem, isso é muito mais do que uma pessoa não entendendo alguma língua, como o português, e outra não entendendo espanhol. Podemos falar a mesma língua, estarmos no mesmo grupo, compartilharmos muito da mesma formação e experiência, e ainda assim termos a mesma palavra significando diferentes coisas.

Também aprendo que pessoas feridas tendem muito mais a entender erroneamente aos outros. Já abordamos como Satanás é chamado de “senhor das moscas”, provavelmente porque as moscas frequentemente representam mentiras no simbolismo profético, e as mentiras revoam em torno das feridas. Elas trazem infecção, o que impede as feridas de serem curadas, e podem até mesmo levar à morte se não lavadas. Penso que é por isso que os sacerdotes no Antigo Testamento não podiam ter feridas ou cascas: são uma forma de não se estar curado. Quando alguém tem uma ferida não curada, outros não podem nela tocar, e os sacerdotes precisavam ser tocáveis e capazes de se aproximar das pessoas as quais serviam. Quando temos feridas não curadas como rejeição, desapontamento, ou até mesmo traição, outros não podem se aproximar de nós, e tenderemos também a interpretar mal as palavras e intenções dos outros.

Por muitos motivos, comunicação pode ser um dos maiores desafios, e vencê-lo pode ser a única forma que o Senhor nos confie com autoridade séria novamente. Esta, por sua vez, só e dada aos que estão em unidade. Os militares lidam com isso nas formas mais básicas, e é por isso que passamos tanto tempo aprendendo a marchar. No início, e incrível quantas pessoas interpretam diferente o que é “direita” e “esquerda”, gerando caos na formação. Tínhamos de chegar à unidade nisso, e depois sermos instantâneos em nossa resposta aos comandos. Isso não é apenas para produzir formação coordenada, mas para quando estivermos em combate e precisarmos todos estar ouvindo ao mesmo comando e o interpretando da mesma forma; do contrário, nossas vidas estariam em jogo. Nos dias vindouros, o corpo de Cristo precisará dessa disciplina também, ou muitos perecerão desnecessariamente.

A raiz da confusão na torre de Babel era o motivo por trás de seu projeto de construir uma torre aos céus, a saber, “ficarem famosos” (veja Gênesis 11.4), e reunir pessoas em torno do projeto, do contrário se espalhariam. O corpo de Cristo tem tido esta tendência de construir tais tolos projetos, pensando que vão unificar as pessoas, quando na verdade trazem sempre mais divisão do que unidade. Jesus somente pode nos unificar, mas para aqueles que têm um coração dividido ou que buscam os próprios interesses, até mesmo a devoção a Jesus pode ser uma questão divisiva. É por isso que Paulo repreendeu aos Coríntios por alguns seguirem a ele, alguns a Pedro, e nomeou até aos que seguiam a Cristo, porque estavam obviamente usando isso para divisão.

Em II Pedro 3.16, Pedro observa como os “instáveis e não instruídos” distorcem os ensinamentos de Paulo, o que fazem com as Escrituras em geral da mesma forma. Isso indica que um pouco disso pode ser corrigido com ensino, ajudando com instrução aos não instruídos, mas instabilidade é outra questão. Efésios 4 observa que a razão de muitos Cristãos serem “levados por todo vento de doutrina” (veja Efésios 4.14), isto é, serem instáveis, é porque são imaturos, crianças, ou não estão “falando a verdade em amor” (veja Efésios 4.15) ou não estão “se assemelhando mais ao Cabeça”, que é Cristo.

Um dos avisos de cautela que o Senhor deu para os últimos dias foi“ai das que amamentam” (vejam Mateus 24.19). Isso normalmente é interpretado de que não queremos ser uma mãe de filhos novos naqueles tempos, e não termos de dividir por causa deles.

Causar divisões entre irmãos é uma das sete coisas que vemos que Deus odeia, em Provérbios 6.16. Unidade foi uma questão central pela qual Jesus orou sobre seu povo, em possivelmente a oração mais reveladora sobre o coração de Deus, em João 17. Essa unidade é uma unidade de diversidade, não de conformidade. A pressão para conformar não vem do Deus, que ama tanto a diversidade que faz diferente a todo floco de neve. Quando estamos tão inseguros que exigimos do nosso próximo adequação à nossa percepção, estamos ainda imaturos e instáveis demais para sermos confiados com autoridade verdadeira.

Comunicação é um assunto de enorme importância para todos nós, especialmente para o ministério profético, que busca se comunicar em nome de Deus. É a habilidade mais importante do profético, e assim como todo profissional se dedica a desenvolver suas habilidades com suas ferramentas de trabalho, devemos nos dedicar não apenas a entender o que somos chamados a comunicar, mas como. Sem essa devoção, seremos como o arqueiro não treinado, que fere pessoas porque não consegue mirar corretamente.

Se amamos a Jesus, a Palavra em Pessoa, devemos amar as palavras, a comunicação. Se a amarmos, a manusearemos com todo o cuidado. Ainda poderemos ser mal entendidos por vezes, mas decidamos fazer tudo ao nosso alcance para impedir isso de ocorrer.

Rick Joyner, 19/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]




A aplicação de uma Palavra Profética (parte1)

Começaremos em nosso "Alinhando blog" uma série chamada " A aplicação de uma Palavra Profética" escrita pelo Rick Joyner. Incentivo que acompanhe essa série. Que o Espírito Santo fale contigo através desses artigos. Deus abençoe!



- A Aplicação de uma Palavra Profética -

Conheço pessoas que foram direcionadas a se mudar para algum lugar por meio de revelação, visitação angelical, ou outra forma sobrenatural, e se recusaram a ir até que recebessem outra revelação novamente. Em alguns destes casos, é óbvio que ficaram muito mais tempo do que deviam, mas insistiram em esperar por outra revelação sobrenatural para que fossem direcionados. Onde é que diz que se recebemos uma revelação para ir a algum lugar, devemos ter outra para ir?

Nas Escrituras, e também por experiência minha e de outros com os quais estava próximo, o Senhor usa muitas formas diferentes para nos guiar. Pode ser um erro presumir que Ele vai nos direcionar no futuro pela forma com que nos guiava no passado. Pessoas que se determinam a viver por princípios como este muitas vezes perdem o que o Senhor está tentando lhes falar; ou não fala porque espera que sejamos maduros o suficiente para saber o que fazer.

Eis aqui um princípio para considerar: o Senhor pode preferir que cresçamos em fé e sabedoria mais do que precisemos de uma revelação para tudo que façamos. Se Ele tivesse de nos enviar um anjo para nos dizer especificamente para mudarmos para algum lugar, pode não ter nada a ver com a importância de nos mudarmos o tanto quando a inércia de nosso escutar. Se for necessário outro anjo para que nos mudemos quando nosso tempo acabar, pode ser porque ainda estejamos inertes.

Crianças pequenas têm de ser direcionadas constantemente. Se um adulto precisa ouvir em detalhe toda coisinha que deve ou não deve fazer, então ainda está imaturo. Novamente, o que chamamos de revelação de “alto nível” pode não ter nada a ver com nossa importância, ou a importância da tarefa, mas pode ser o resultado de nossa imaturidade ou lentidão em ouvir.

Isso nem sempre é verdade; por vezes as coisas vêm sob uma forma de alto nível por causa de sua importância. O que quero dizer é que em todas as coisas, precisamos vigiar contra armar parâmetros e princípios que nos façam tropeçar no futuro. Como compartilhei acima, aprendi a ser cético com profetas que interpretam sua própria revelação. Quando começo a fazer disso um princípio, haverá um bom exemplo de meu princípio sendo violado por um profeta que interpretou muito bem sua própria revelação. Uso princípios, mas me atenho fracamente a eles, e procuro ter abertura constante a algo novo. É um ato que traz equilíbrio, mas não apenas isso, penso que também nos mantêm buscando ao Senhor, o que pode ser a coisa mais importante dentre todas.

O “politicamente correto” é um grande véu de engano que os inimigos da civilização ocidental usam e do qual se gabam para usar contra o ocidente, mas, ao mesmo tempo, há estereótipos e generalização exageradas que são grandes enganos, também. Se vamos seguir ao Senhor, teremos de incorporar um dos pontos de Sua natureza básica, de que Ele faz todo floco de neve diferente, cada um de nós de forma diferente, e ama se comunicar conosco de formas tão diferentes. Nosso Deus ama diversidade, e se queremos seguí-Lo, devemos ser tão prontos para a originalidade como qualquer outra coisa, o que coloca em perigo muitos de nossos princípios, métodos e padrões.

Bruxaria é, basicamente, autoridade espiritual falsa. Também chamada de adivinhação, trata-se de usar espíritos ao invés do Espírito Santo, e se baseia mais na manipulação e controle do que seguir ao Senhor. Isso é listado como uma das obras da carne em Gálatas 5, pois nos primeiros estágios é normalmente mais carnal do que espiritual. Muitos Cristãos culminam em usar tais métodos, caem nisso, mesmo para procurar cumprir com o que pensam ser o propósito de Deus. Abordaremos isso com mais profundidade depois, mas devemos considerar que é uma base de bruxaria o uso de padrões, fórmulas e princípios. Um alicerce de nosso caminhar no Espírito é seguir ao Espírito, uma Pessoa, não apenas fórmulas.

Se formos sábios, vigiaremos contra o pensamento de que porque Ele fez algo de uma forma, ou nos falou de certa maneira, então vamos esperar que o faça novamente. Penso que nos sairíamos muito melhor se entendermos que “Ele é novo a cada manhã” (veja Lamentações 3.23). Isso não quer dizer que Ele mude, mas há muito mais nEle e não conseguiremos reduzi-lo a nossos conceitos rasos. Em um relacionamento, quando ficamos muito fortemente posicionados em nossos jeitos, este se tornará tedioso e morno. Nosso Deus é tão incrível que quem permanecer próximo a Ele nunca sofrerá de tédio!

Rick Joyner, 12/Abr/2011

[permissão para tradução gentilmente concedida pelo ministério MorningStar, www.morningstarministries.org]